O repórter Saimon Bianchini trouxe a informação na Gaúcha e aqui em GZH de que os dirigentes do Grêmio colocaram em pauta a ideia de aumentar o bicho pago aos atletas, para que seja evitada a queda para a Série B. Entendo perfeitamente, que a entidade — sob o comando do presidente Romildo Bolzan Jr — deva fazer o que for possível para salvar a pele na hora do desespero.
Normalmente, as premiações no futebol são definidas antes do início das competições. No caso do Tricolor, havia um acerto de valores em caso de conquista de título do Brasileirão ou por vaga conquistada em competição sul-americana no ano que vem. Até aí, tudo bem. A grandeza do Grêmio indica isso. Nunca se cogitou briga para escapar do rebaixamento. Mas agora, pagar uma grana extra para evitar um vexame histórico dentro de campo beira ao absurdo.
Os jogadores, que já ganham polpudos salários em dia, precisam de incentivo extra para tirar o clube de uma situação constrangedora, que eles mesmo ajudaram a colocar? Na realidade, tudo isso passa a triste ideia de que a entidade acaba ficando refém de um grupo de profissionais.
Óbvio que quem mais sofre com o rebaixamento é a instituição. Todos dentro do Grêmio tem, no mínimo, a obrigação de não permitir a queda, independente de ganhar qualquer real a mais. Fato como esse, que já aconteceu com outros clubes na história, só confirma o paternalismo instituído no futebol como um todo. Não apenas no caso do Tricolor. Talvez seja uma utopia pensar em um cenário diferente.