Ricardinho está deixando o Grêmio. O atacante de 20 anos vai atuar por empréstimo no Marítimo, de Portugal. Pergunto: qual é a explicação para abrir mão de um jogador, que já mostrou ter potencial?
O vice de futebol, Marcos Herrmann, fala em avaliações internas do clube com a comissão técnica. Como qualquer guri oscila. Perde gols. Mas, pelas outras opções que Felipão tem, o jovem não pode ser apenas a quarta opção no Tricolor. Nem mesmo ser dispensável.
Borja recém chegou para ser titular. Merece ter toda a sequência. E quais são as outras possibilidades que Luiz Felipe Scolari tem à disposição?
Churín chegou do Cerro Porteño e não consegue ter uma sequência de partidas, por sucessivas lesões. Fez poucos gols. É uma contratação que ainda não deu certo. Não pode estar na frente de Ricardinho, que fez nove gols em 31 jogos. Diego Souza já avisou que vai se aposentar no final do ano. Ou seja, a partir de janeiro não estará mais na Arena. E, nos últimos tempos, passa a impressão de estar fora de forma.
O principal problema gremista, na péssima temporada de 2021, tem sido a grande dificuldade de marcar gols. Então, pergunto: por que liberou Ricardinho, atleta que tem potencial, por meia dúzia de trocados que não vão ajudar a atingir o ambicionado superávit do clube?
Pelo empréstimo até a metade de 2022 - os portugueses, depois, tem a opção de compra -, o Grêmio vai receber cerca de R$ 1,2 milhão. Dinheiro que não muda a vida e somente enfraquece o grupo.
Em termos de valorização da base, a direção gremista já se equivocou com a negociação do zagueiro Ruan para o Sassuolo, da Itália. Por falta de habilidade para renovar o contrato antes de chegar no limite de perder de graça o atleta, o Tricolor foi obrigado a vender o zagueiro agora. Discurso e prática não estão alinhados.