A trajetória de Maicon no Grêmio teve o capítulo final na segunda-feira (30), quando o volante e o clube anunciaram a rescisão do contrato do jogador de 35 anos. A medida, conforme Jorge Machado, empresário do atleta, foi tomada por conta da sequência de lesões sofridas pelo ídolo gremista. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, nesta terça-feira (31), Machado falou sobre a decisão acordada entre as partes.
— Vínhamos conversando sobre isso. Em uma conversa na segunda pela manhã, analisamos bem a situação. Conversamos se havia a necessidade dele (Maicon) estar passando por isso. Fizemos uma ligação para o Herrmann, que é uma pessoa de alto nível, que nos recebeu. Falamos da vontade do Maicon e ela veio ao encontro da ideia do Grêmio também. Sabemos do sofrimento que ele estava tendo. Foi uma boa para todo mundo. O Maicon não estava mais conseguindo ajudar o Grêmio — afirmou.
O empresário negou qualquer atrito entre Maicon e o técnico Luiz Felipe Scolari. Machado, inclusive, destacou a relação entre os dois. Quando o volante foi contratado pelo Grêmio, em março de 2015, Felipão era o comandante do Tricolor.
— A saída do Maicon não teve nada a ver com ninguém da diretoria. Foi uma ideia que partiu dele, da qual eu me incluo. Eu também concordei. Não teve, nem existiu nenhuma discussão do Felipão com o Maicon. Sempre existiu uma relação paterna entre os dois. Não houve absolutamente nenhum desconforto. O Maicon viu que era a hora de encerrar (o ciclo no Grêmio) — ressaltou.
Machado também tratou do futuro de Maicon. De acordo com ele, a prioridade no momento é se livrar das dores. Passado esse obstáculo, será possível definir os próximos passos da carreira, seja como atleta ou até mesmo em alguma função fora dos gramados.
— O Maicon vai seguir no futebol. É algo que ele ama e onde ele tem uma leitura tática impressionante. Sinceramente, como não foi algo premeditado, não foi definido nada sobre o futuro ainda. Ele tem de se livrar das dores. (Sobre assumir algum cargo no Grêmio, caso se aposente do futebol) É possível, sim. O Maicon deixou as portas abertas. Quem sabe do futuro? — concluiu.