O vice-presidente de futebol do Grêmio, Marcos Hermann, voltou a demonstrar confiança na melhora da situação do time na tabela do Brasileirão. Nesta terça-feira (31), em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, o dirigente afirmou que as atuações recentes da equipe mostram que há evolução no trabalho da comissão técnica. O fator psicológico, no entanto, tem incomodado os jogadores dentro de campo.
— Não temos essa leitura interna de que o trabalho não está bom — retrucou Hermann, depois de perguntar a opinião de Luciano Périco e Diori Vasconcellos sobre o desempenho gremista:
— Estamos remontando um time com o campeonato em andamento. Mudando o modelo, o time, chegaram contratações que ainda não estão entrosadas. Precisaremos ter paciência até surgir o futebol — ponderou depois.
O Tricolor corre o risco de completar um turno na zona de rebaixamento do Brasileirão, alcançando a marca negativa de mais rodadas nesta situação, desde a disputa em pontos corridos. O vice-presidente confia que os resultados positivos estão próximos. Ele diz que a instabilidade psicológica retratada na postura de Diego Souza, que tirou o cartão amarelo da mão do árbitro no jogo contra o Corinthians, e Maicon, que foi expulso por avançar sobre o apitador são sintomas da "inconformidade com o momento":
— É preciso superar com equilíbrio. Quando a bola começar a entrar as coisas vão se ajeitar. Isso tudo é a inconformidade com a circunstância do momento — complementou:
— Considerando um time que não era para estar nessa situação, o anímico está pegando. Se faltassem duas ou três rodadas, era uma coisa seríssima. Mas faltando 20 rodadas, acredito plenamente. É coisa de ganhar dois jogos seguidos e estaremos saindo.
O adeus do "capita"
Marcos Hermann também falou sobre a saída de Maicon. Segundo o dirigente, a auto-cobrança do volante sobre as limitações físicas e as previsão de uma punição grave por conta do incidente com o árbitro Ricardo Ribeiro fizeram clube e atleta decidirem pela rescisão amigável do contrato.
— Desde o ano passado ele sofre com microlesões, nada grave, mas tem sido prejudicado. E isso irrita ele. Porque ele não admite perder, jogar mal, não estar em condições ou não colaborar. Às vezes ele fica brabo, se incomoda, enfim, acho perfeitamente normal. No sábado ele repetiu isso e foi expulso. Provavelmente ele tomaria uma baita suspensão, então entendemos que talvez fosse melhor para nós e para ele, que ele se recupere perfeitamente dos desconfortos físicos e no ano que vem siga a vida na atividade que quiser — detalhou, enaltecendo o caráter de ídolo do jogador no Tricolor:
— Decidiu se poupar, não precisa deste sofrimento.