Péssimo resultado. Não dá mais para tapar o sol com a peneira. Desde a reta final do trabalho de Renato Portaluppi, o Grêmio já não vinha jogando bem. Na real, as coisas não melhoraram com Tiago Nunes. Passados cinco jogos, somou apenas dois pontos no Brasileirão. Ocupa a vexatória lanterna do campeonato. Vamos combinar, que a briga pelo título do Brasileirão começa a ficar algo muito distante. Conseguir uma vaga na Libertadores também é algo improvável. E o pior, sem alarmismo, mesmo faltando 33 rodadas, é fundamental ficar atento ao risco de rebaixamento.
A ideia de Tiago Nunes de começar com Douglas Costa contra o Fortaleza foi interessante. Precisando de ritmo de jogo, o camisa 10 acabou não desequilibrando. A saída de Thiago Santos, por lesão, obrigou o treinador gremista a colocar Lucas Silva em campo. Daí deixo a questão. Por que não botar Fernando Henrique? Isso é um claro sinal de que os cascudos estão sempre na frente nas opções. O Fortaleza é uma equipe bem organizada pelo argentino Juan Vojcoda. Levou muito perigo à meta tricolor em vários momentos. Encarou o Grêmio de frente.
Logo no início do segundo tempo, Gabriel Chapecó deu uma rosca e o Fortaleza só não marcou, porque Rafinha salvou. Tudo parecia que iria desandar de vez, quando Kannemann cometeu pênalti e foi expulso. Para a sorte do Grêmio, Chapecó se redimiu do erro anterior e pegou a cobrança. Em compensação, quando podia decretar a vitória, mesmo sem estar jogando bem, Diego Souza também conseguiu desperdiçar uma penalidade, que foi defendida por Felipe Alves. De novo, Ferreira e Matheus Henrique jogaram muito pouco. Victor Bobsin foi discreto.
A grande chance gremista foi uma cabeçada do camisa 11 na trave. O Tricolor teve dificuldades na finalização das jogadas. Sem resultado e com fraco desempenho, a pressão para cima de Tiago Nunes vai aumentar. Só que a responsabilidade tem que ser dividida com os atletas, que estão jogando pouco. Pelo jeito, o Grêmio será apenas um coadjuvante no Brasileirão.