Com a derrota no Beira-Rio, o Inter terá de se reinventar para conquistar o título do Gauchão. O Colorado vai precisar de uma vitória por dois gols de diferença na Arena para conquistar a taça nos 90 minutos. Antes, a tarefa do time de Miguel Ángel Ramírez é buscar uma vitória ou, no mínimo, um empate contra o Olimpia no Paraguai para não se complicar de vez na Libertadores.
Como o Grupo B está embolado, um resultado negativo pode ser fatal, dependendo do que acontecer entre Deportivo Táchira e Always Ready, quarta-feira (19), na Venezuela.
Com a vantagem de 1 a 0 no placar, gol marcado por Thiago Galhardo, com faro de gol para completar jogada de Cuesta e Edenilson, o Inter fechou a primeira etapa com maior posse de bola.
Só que é preciso ressaltar que não adianta ficar trocando passes na linha de defesa entre Zé Gabriel, Cuesta, Dourado e Lomba. Acaba sendo simplesmente um número, deixando uma supremacia enganosa. Vale ressaltar a entrega de Nonato, que, junto com Edenilson, segurou a onda do meio-campo colorado.
O Gre-Nal deixa algumas questões importantes para Miguel Ángel Ramírez repensar. A insistência com Palacios não se explica mais. Todos sabemos das dificuldades de adaptação dos atletas estrangeiros. No caso do chileno, ele está longe da família. Por isso, vale o desconto, mas é preciso preservar o atacante.
Como comparação, Caio Vidal entrou muito mais ativo pelo flanco no Gre-Nal. Levou muito mais perigo à defesa gremista. Outra coisa que não se explica é Yuri Alberto continuar na reserva. Colocar Praxedes pelo flanco esquerdo foi um erro. Marcos Guilherme não tem produzido o suficiente para ser solução.
E, na zaga, Zé Gabriel está fazendo hora extra no time. Sempre vale lembrar que o guri joga improvisado — a sua origem é o meio-campo. O problema é que Lucas Ribeiro, substituto imediato, também foi batido por Ricardinho no gol da virada gremista. Ramírez precisa tomar algumas medidas.