Mesmo tendo todo o tempo para trabalhar a equipe visando a primeira partida da decisão da Copa do Brasil, o Grêmio teve o mesmo futebol burocrático apresentado durante o Brasileirão. Nenhuma evolução. Mais do mesmo. Jean Pyerre e Pepê foram figuras apagadas. O desempenho cai muito quando os dois estão mal.
Na lateral-direita, Victor Ferraz não tem força para defender e atacar. Alisson pode ser voluntarioso na marcação, mas deixa a desejar a função de atacante. A noite do domingo (28) mostrou um Tricolor com um futebol paupérrimo para quem quer ser campeão.
Marcação forte foi a tônica da etapa inicial no primeiro jogo da decisão. O Palmeiras começou controlando o jogo. O Grêmio conseguiu equilibrar as ações. O Verdão foi largar na frente aos 33 minutos na bola parada.
O zagueiro Gustavo Gómez teve toda a liberdade para fuzilar Paulo Victor de cabeça, que pouco pode fazer. O primeiro chute mais perigoso do Tricolor foi somente aos 40 minutos com Alisson. Muito pouco para quem precisava largar em vantagem.
Em resumo, faltou ímpeto ofensivo ao time gremista nos primeiros 45 minutos. Diego Souza ficou muito isolado na frente. Weverton não trabalhou. E na finaleira, quase Luiz Adriano ainda ampliou o placar.
No segundo tempo, o Grêmio voltou igual. Apático e sem força. O cenário mudou quando o Palmeiras ficou com dez homens depois da expulsão de Luan, que deu um cotovelaço em Diego Souza. Como sempre, Renato Portaluppi demorou para colocar Ferreira.
O time gremista começou a forçar mais, encurralando os paulistas. Mas não saiu o empate. Fica a desvantagem para decidir tudo no Allianz Parque. Basta o empate ao Palmeiras.
Porém, nada está perdido. Só que o treinador gremista precisa deixar de ser conservador. Mudar de fato o time. Fazer a cirurgia que é necessária. Partir para o tudo ou nada! O hexa terá que ser na superação.