Entre algumas esticadas nas férias para conhecer as montanhas aqui, como os catalães chamam os Pirineus, segui conectado aos movimentos feitos pela Dupla. No caso do Inter, o plano de encorpar o grupo e afiar o time semifinalista da Libertadores está sendo cumprido à risca. Ou seja, o estágio colorado está um passo à frente, na etapa de consolidação de um processo de reformulação que se iniciou na largada de 2023.
A chegada de Borré é o ponto mais vistoso de um pacote muito interessante de reforços. Chega para ser o companheiro de Valencia. Até ele chegar, o que pode acontecer só em julho, esse lugar será de Alario.
Mesmo com tantas chegadas, vejo o companheiro do equatoriano como a única mudança em um time considerado titular — que na verdade, pela quantidade de jogos e pelas circunstâncias da temporada, como lesões, suspensões e datas Fifa, acaba sendo usado poucas vezes. É da nossa cultura de futebol eleger um "onze".
Sem contar a possível chegada de Thiago Maia, que negocia com o clube, vejo um Inter ideal com uma troca de Johnny por um dos novos atacantes, Alario ou Borré. Isso porque Aránguiz seria recuado para a frente da área, Alan Patrick seria o meia e o Valencia ganharia um atacante ao seu lado com capacidade de fazer uma marcação agressiva na primeira linha. Maurício e Wanderson, pelos lados, dariam o balanço entre força ofensiva e capacidade de recomposição. O que compensaria a característica de Alan Patrick, de menor combatividade. O que não quer dizer ausência no sistema de marcação. Afinal, no seu estilo, ele equilibrou o time nesta ideia de Coudet.
Dessa forma, um time ideal para iniciar o ano teria: Rochet; Bustos, Vitão, Mercado e Renê; Aránguiz, Maurício, Alan Patrick e Wanderson; Borré e Valencia. Porém, isso em um calendário como o brasileiro é só uma miragem. O ano colorado já começa sem Alan e Mercado, suspensos, e Maurício, convocado.