Faz algumas semanas que Johnny virou um dos principais nomes do Inter. É um trabalho silencioso o que ele faz. Mas de alta importância. Johnny é uma recuperação de Eduardo Coudet. Havia feito um bom final de Campeonato Brasileiro com o Mano Menezes, em 2022, mas caiu de produção neste ano, quando o técnico mudou a estrutura do meio de campo.
Com a chegada do argentino, ele saiu de jogar alinhado ou mais aberto pela direita para atuar como um legítimo camisa 5. A partir daí, seu futebol cresceu de forma assombrosa.
Johnny virou peça tão fundamental neste Inter que Coudet pediu à direção que o segurasse na janela de julho, mesmo com a premência de receita e o assédio do Betis. Porém, agora em dezembro, ele troca o Beira-Rio pela Andaluzia. O Inter precisará repor para 2024, o que não será tarefa fácil. Mesmo que tenha Rômulo no grupo. Mas estamos falando de características distintas
Um outro camisa 5, com saída mais fluída, deve ser uma prioridade da direção. Independentemente de quem esteja no comando do clube na presidência e do time, na beira do campo.
A ascensão de Johnny é a prova do quanto alguns jogadores da base requerem tempo. Ele foi promovido em 2019, por Odair Hellmann. Tinha 17 anos. Passou por vários técnicos, jogou em funções distintas do meio, chegou a ser apontado como o "futuro camisa 5 do Inter" por Ramírez e só foi confirmar o que se esperava dele agora, aos 22 anos.
Desde o retorno de Coudet ao Inter, o volante esteve em campo em 19 dos 26 jogos. Deixará um buraco no meio-campo e um desafio para quem assumir o clube, que é contratar alguém que desarme e arme na mesma medida.