O Inter venceu duas partidas seguidas fora. Buscou seis pontos contra Vasco e Cruzeiro em confrontos diretos nesta corrida para se distanciar do Z-4. Porém, como no trabalho de Eduardo Coudet tudo gera debate no Rio Grande do Sul, a discussão da vez é sobre os apuros passados no final dos dois jogos.
Há duas razões. A primeira é que, como acontece normalmente, o mandante carrega as baterias no ataque em busca de evitar uma derrota diante de sua torcida. É da natureza do jogo. Acontece aqui em Porto Alegre quando os nossos estão em desvantagem.
A segunda razão está no esgotamento dos titulares e na falta de peças de reposição que mantenham o padrão técnico e, além disso, tático. Aránguiz e Alan Patrick são jogadores centrais neste Inter, que joga com linhas altas, busca roubar a bola o mais perto do gol possível e atua sempre em transição rápida.
O chileno dinamiza o jogo na fase ofensiva e marca como volante na fase defensiva. Alan Patrick é autoexplicativo. Como um meia à moda antiga, tem liberdade de ação e ocupa toda a faixa central, chegando à frente para arrematar. Há quem defenda a ideia de deixar um deles para o segundo tempo. Só que isso seria abrir mão de buscar o controle do jogo e entregar para o destino o roteiro dele.
Contra o Cruzeiro, Mauricio também foi trocado. Autor do primeiro gol, ele teve a missão de fechar o lado de Marlon, um dos nomes dos mineiros. Todo esse cenário mostra que o debate sobre o momento do Inter não está nas trocas de Coudet, mas, sim, nos nomes com os quais conta para manter o time na mesma régua com que construiu as vantagens no Rio e em Minas.