O espanhol...
Hugo Mallo será o primeiro espanhol a jogar no Inter. E também será o primeiro europeu a atuar pelo time principal em mais de 100 anos. Claro que aqui não se conta Wanderson, de dupla nacionalidade. Em pesquisa por listas de estrangeiros na história do clube, encontra-se registros de um alemão, Bahr, em 1910, no segundo ano de vida do Inter, e de um inglês, Booth, em 1918.
Depois disso, vieram argentinos e uruguaios às pencas, chilenos, paraguaios e colombianos em bom número, três peruanos e dois equatorianos, sendo o segundo Enner Valencia, recém chegado. Em 2009, o lateral-direito Stoyan Ninov veio para atuar no time B e ficou quatro meses apenas.
... E o português
A história reserva ainda um quase zagueiro português no Inter. Em 1977, na busca por um substituto por Elias Figueroa, que havia deixado o Beira-Rio, o clube acertou-se com Humberto Coelho, ídolo do Benfica e capitão da seleção portuguesa.
Dois anos antes de chegar a Porto Alegre, Humberto havia saído para jogar no PSG, um clube ainda novato, com cinco anos de vida. Lá, Humberto foi treinado por ninguém menos que Just Fontaine, até hoje o maior goleador em uma edição de Copa do Mundo.
Em Paris, Humberto acabou sofrendo lesão no ligamento e no menisco do joelho. Como havia entrado em conflito com o novo técnico, um iugoslavo, acabou topando vir para Porto Alegre. Inter e PSG haviam se acertado, mas aqui o empresário de Humberto fez novas exigências, e ele acabou pegando o voo de volta.
Antes de retornar ao Benfica, teve uma rápida passagem pelo Las Vegas Quick Silvers, onde era companheiro de Eusébio, já que a temporada portuguesa estava em andamento. Porto Alegre acabou sendo só um capítulo da história de Humberto, que ainda foi técnico do Marrocos e vice-presidente da Federação Portuguesa.