O Inter tem uma estratégia para resolver o problema da queda de rendimento no segundo tempo, que voltou a ser problema na derrota por 3 a 1 para o Botafogo, no sábado (12).
Na avaliação da comissão técnica e dos jogadores, o grupo ainda precisa de mais tempo de treinamento físico para se adaptar à intensidade exigida pelo técnico Eduardo Coudet. A ideia é que este nível seja atingido nas próximas semanas.
Isso não significa que os jogadores estejam mal preparados ou que haja defasagem física nos atletas. Contudo, como o argentino tem características bem distintas de Mano Menezes, a avaliação interna é de que o time sente dificuldades pela transição de modelo de jogo.
— Há uma diferença de trabalho. O estímulo de jogo é outro, o treinador é outro. Por isso, a equipe requer um tempo. Nós não estamos mal fisicamente, é uma questão de entender melhor o (modelo de) jogo. Mas estamos evoluindo — disse o volante Gabriel, no sábado, após a derrota no Rio de Janeiro.
A aposta do Inter é no tempo de trabalho. Ainda que haja desgaste natural pelo calendário, com jogos simultâneos entre Brasileirão e Copa Libertadores, a semana cheia entre os jogos contra o Botafogo, no último final de semana, e contra o Fortaleza, no próximo sábado (19), já é considerada um trunfo importante.
Para o jogo contra o Bolívar, na terça (22), há a dificuldade dos 3,6 mil metros de altitude de La Paz. Mas, se obtiver a classificação, o clube avalia que, para eventual semifinal de Libertadores, a intensidade do time já estará mais próxima do que deseja Coudet.