O Gre-Nal ainda parece presente demais na vida do Inter. Será preciso que o foco seja recalibrado para que o restante do Brasileirão não tenha cara de fim de festa. Nesta quarta-feira (10), na noite fria de Caxias do Sul, perdeu para o Juventude por 2 a 1 e deixou escapar a chance de entrar no G-6, já que o Corinthians havia sido goleado pelo Atlético-MG.
Foi uma partida em que o Inter jogou meio tempo em bom nível. Os primeiros 45 minutos tiveram imposição física, transições rápidas e chances criadas — e perdidas. Pelo menos duas delas muitos claras, com Palacios e Mauricio. Sem Saravia, Moisés, Patrick e Taison, Diego Aguirre escolheu Mercado e Paulo Victor para as laterais, Mauricio e Palacios na linha de três. O time ficou ativo, se movimentou, teve alternância de posições e fez um bom enfrentamento contra um rival que ficou 10 dias apenas pensando nesta partida e estava mobilizado para uma final.
Tudo isso, porém, se desmanchou no segundo tempo. Até mesmo Bruno Méndez, o zagueiro impecável do Inter, teve alguns deslizes. Aos poucos, o Inter se recolheu atrás à espera do vacilo do Juventude para sair em contra-ataque. Esse vacilo não veio, e o Inter, assim, não saiu de trás. O Juventude rondou sempre a área, circulou a bola e apostou nas jogadas individuais de Sorriso, um jovem atacante que precisa entrar no radar dos clubes aqui de Porto Alegre.
A superioridade do Juventude virou gol quando Jair Ventura promoveu a entrada de Wescley. Ele entrou para ocupar a faixa entre os volantes e os zagueiros e desequilibrou. Foi nele a falta que originou o 1 a 0. Aguirre tentou injetar energia no time. Mas as mudanças tiraram Edenilson do meio e levaram para a lateral. Gustavo Maia e Boschilia, esse principalmente, pouco agregaram. Assim, veio o 2 a -0, contra, de Paulo Victor já aos 40.
A melhor notícia da noite opaca do Inter veio aos 45, com Cadorini, que entrou e fez mais um go. Aos 19 anos, o espigado centroavante de 1m92cm é sinal de que o futuro da camisa 9 está encaminhado. Como era Juventude x Inter, não poderia faltar a confusão, que teve Yuri e Quintero e mais todo mundo se empurrando. Também não poderia faltar a polêmica, com um pênalti pedido pelos colorados nos acréscimos. Douglas acertou a bola no carrinho. Mas também acertou Dourado. O árbitro estava próximo, assumiu o lance e nem foi ao VAR. Para reclamação dos colorados, fechando uma noite em que a cabeça ainda estava no sábado.