Abel Braga completa nesta terça-feira (17) uma semana de Beira-Rio. Pouco tempo, mas suficiente para dar de frente com uma realidade que foi pauta de muitos dos debates em torno do Inter. O grupo é curto mesmo.
Nada fora do comum a quase todos os clubes da Série A. Tirando Flamengo, Palmeiras, Atlético-MG e, quando os astros se alinham e o DM esvazia, Grêmio e São Paulo, todos os demais fazem uma ginástica a cada quarta e domingo para montarem seus times.
Abel teve azar de, nas duas primeiras partidas, perder Edenilson e Patrick, jogadores que afiançavam a liderança do Inter no Brasileirão e a perspectiva de avançar à semifinal da Copa do Brasil. Sobre o primeiro, ainda há uma pequena esperança de que esteja em campo na decisão contra o América-MG, nesta quarta-feira. Já o segundo, além da lesão, acabou contaminado pela covid-19. Como Nonato, o único reserva disponível, também deu positivo no exame, e Boschilia já estava fora pela cirurgia no joelho. restou Marcos Guilherme para o setor.
As alterações
Abel já havia alterado a formatação do meio-campo e também mudado a ideia de jogo nos dois primeiros jogos. A falta de alternativas, no entanto, o obrigará a colocar a mão de forma mais pesada, com troca de nomes.
A ideia de Dourado e Lindoso à frente da área tira ímpeto ofensivo, mas deve seguir por falta de alterativas. Na linha de três meias, D'Ale e Marcos Guilherme devem ganhar um novo parceiro. Praxedes e Peglow são os candidatos. Os dois são jovens, é perceptível que precisam de mais rodagem, mas será com um deles a missão.
Na frente, como Abel Hernández também se lesionou, Abel Braga esperará Thiago Galhardo na porta do hotel em Belo Horizonte. O Inter montou um esquema especial para que ele deixe Montevidéu depois do jogo da Seleção e vá direto para Minas.
É bem possível que, depois da atuação em Santos, o técnico veja que o melhor Galhardo aparece quando ele está perto do gol. Mesmo que Yuri seja mais atacante de origem. É quase um quebra-cabeças que Abelão terá de montar para colocar o Inter na semifinal. Uma realidade, aliás, que não é de hoje no Beira-Rio.