O resultado foi o mesmo das últimas três rodadas, mas o rendimento do Grêmio no 0 a 0 com o Vasco mostrou que há um bom tanto a ser percorrido. Fazia tempo que não se via uma atuação tão opaca do time.
Foram 20 minutos de futebol de bom nível e 70 de erros de passes, de movimentações erradas e, o mais preocupante, de uma perda de disputas frequentes no meio e na defesa. O que faz Renato levar algumas preocupações para a final contra o Caxias e a busca do único título possível em 2020.
Nesses 20 minutos de alto nível, o Grêmio sobrou e teve em Jean Pyerre o seu centro técnico e o jogador a iluminar a equipe. Porém, mais uma vez, ele foi substituído no segundo tempo por Thiago Neves, sem que tivesse melhora técnica.
A troca se deu justo em um momento em que o Grêmio era envolvido e cumpria aqueles que seriam os piores 45 minutos desde a retomada. O rendimento não foi melhor nem mesmo do que aquele contra o Novo Hamburgo, em que o desinteresse pelo jogo causou embaraços na semifinal do returno do Gauchão.
Renato sabe da necessidade de melhora. Houve erros em demasia e, principalmente, falta de mecânica. O segundo tempo inteiro passou sem que o goleiro Fernando Miguel, do Vasco, fosse acossado. Em apenas um lance houve uma trama que envolveu a defesa do Vasco, mas aí faltou o arremate, que Matheus Henrique terceirizou para Orejuela. E esse, por sua vez, mandou para a área.
Por essa falta de soluções ofensivas desde a saída de Everton Cebolinha é que vem o questionamento em relação à troca de Jean Pyerre por Thiago Neves. Mais uma vez, ele entrou e pouco acrescentou.
Renato ainda tentou Thaciano e lançou até Guilherme Azevedo. Everton estreou e mostrou que precisará de algum tempo. Há Robinho e Luiz Fernando, anunciado no sábado, para aumentar a variedade de opções para Renato resgatar o padrão médio do Grêmio, que é bem distante do visto em São Januário neste domingo.