O futebol vai voltar no Rio Grande do Sul na próxima semana. Portanto, a discussão se o momento em que a covid-19 recrudesce casa com a retomada do Gauchão parece superada. Embora, insista que talvez se pudesse puxar o freio e esperar um pouco mais.
Mas avancemos. O debate, agora, é se Porto Alegre pode ou não receber o Gre-Nal. E ele me parece sem sentido. O constrangimento de jogar futebol enquanto a sombra do coronavírus avança sobre nós já está posto. O que se discute é sobre as condições do Beira-Rio em receber o jogo e tudo o que o envolve. Talvez só mesmo as linhas de frente nas UTIs estarão mais seguras do que o estádio do Inter no próximo dia 22.
O plano de contingência criado pelo Inter vai à minúcia de controlar o tempo de permanência de cada um que tiver acesso ao estádio. Se o credenciado precisará de duas horas para montar um equipamento de transmissão do jogo, por exemplo, ele não ficará um minuto a mais.
O vice de administração Victor Grumberg dividiu o estádio em três zonas, e as pessoas só circularão naquelas em que tiverem a permissão. Uma dessas zonas será a do campo e ficará restrita a quem tiver ligação com o jogo.
O acesso será precedido por zona de higienização, tapete de desinfecção e até uma câmera termográfica para detectar alguém com a temperatura corporal acima dos padrões aceitáveis.
Todos os envolvidos com o jogo, incluindo funcionários do clube, foram testados e repetirão o exame na próxima semana. Por tudo isso, não há outro lugar no Rio Grande do Sul capaz de receber esse clássico além dessa bolha sanitária que envolverá o Beira-Rio.