O Inter venceu. E esta foi a boa notícia trazida da noite chuvosa de Florianópolis. O 2 a 0 no Avaí, um virtual rebaixado que ficou com um a menos a partir dos dois minutos, esconde uma atuação preocupante do time.
Mesmo com a vantagem de um jogador, foi preciso que Marcelo Lomba evitasse o empate, pelo menos, três vezes. O Inter foi lento em suas transições, errou passes e padeceu com limitações de alguns jogadores. Parede, por exemplo, sobra em esforço, é comovente sua entrega em campo.
Mas, tecnicamente, está distante das necessidades e das ambições coloradas. Nico segue numa espiral e teima em tomar decisões erradas. Patrick, embora o primeiro gol, conduz em excesso e tira alternativas de jogo com isso.
A vitória, ao menos, serviu para quebrar a série de cinco jogos sem vitória no Brasileirão e para recolocá-lo no G-6. Traz um certo fôlego para receber o Vasco, no domingo, e quem sabe acelerar outra vez na competição.
É preciso valorizar isso, evidentemente, mas é obrigatório acender o alerta para que a produção da equipe melhore e permita competir por um G-6 que começa a afunilar. Ricardo Colbachini teve como mérito a aposta nos guris. Roberto e, principalmente, Bruno Fuchs mostraram boas credenciais. Heitor se afirma a cada jogo. Sarrafiore fez o gol decisivo.
Porém, acautelou-se demais ao trocar um atacante, Parede, por Uendel, aos 32 do segundo tempo, para recompor a defesa, deslocando Patrick para o meio outra vez. Talvez fosse a hora de mais arrojo, para liquidar o jogo. O que acabou vindo através de Sarrafiore aos 39, um minuto depois de substituir Nico.