Depois da condenação no Conselho Deliberativo dos quatro dirigentes da gestão Piffero, o Inter partirá para a busca de ressarcimento do dinheiro desviado do caixa do clube. Logo depois de encerrada a votação, o presidente Marcelo Medeiros revelou que não esperará a finalização da investigação que corre no Ministério Público para tentar reaver valores como os R$ 10 milhões retirados na boca do caixa a título de adiantamentos tomados pelo ex-vice de Finanças Pedro Affatato, entre 2015 e 2016.
A busca pelo ressarcimento se dará por via judicial, já que é pouco provável que os dirigentes devolvam as quantias mencionadas na denúncia produzida pela Comissão Especial depois de 11 meses de trabalho.
Ao final da sessão histórica do Conselho Deliberativo, já na madrugada de quinta-feira (25), o presidente do Conselho, Sérgio Juchem, colocou em votação no plenário a possibilidade de o clube buscar o ressarcimento. O ato recebeu aprovação unânime. A iniciativa fica a critério do poder executivo do clube.
— Vamos buscar, sim, o ressarcimento aos cofres. A ideia é não esperar o final das investigações do MP — disse Medeiros.
Causou surpresa na gestão o fato de Vitório Piffero mencionar em sua sustentação de defesa gastos que teriam ficado como herança da gestão Giovanni Luigi, na casa de R$ 70 milhões. Segundo Piffero, referiam-se a compra de jogadores como Forlán, Scocco e Aránguiz, além de pagamentos de comissões a empresários, como o do próprio chileno e o de Nilmar, esse em montante de R$ 3 milhões. O ex-presidente inclusive apontou que Medeiros era o vice de futebol na ocasião. O fato causou indignação em integrantes da atual gestão.