
A Avenida João Pessoa cruza quatro bairros de Porto Alegre, do Centro Histórico até o Santana. Desde 4 de outubro de 1930, o político paraibano é homenageado na cidade. Ele foi assassinado em 26 de julho daquele ano, quando governava a Paraíba. João Pessoa concorreu ao lado de Getúlio Vargas, como candidato a vice-presidente da República, na Aliança Liberal.
A avenida, uma das mais antigas de Porto Alegre, já teve vários nomes. Inicialmente, a estradinha rural ligava a primitiva vila e a ponte da Azenha, que conduzia a Viamão pela Estrada do Mato Grosso, atual Avenida Bento Gonçalves. Desde o século 18, era referida como Caminho da Azenha. O traçado irregular era rodeado por sítios.
No início do século 19, devido às medições da várzea doada pelo governador Paulo da Gama ao município, passaram a ter preocupação com o alinhamento da estrada. Em 1820, diversos requerimentos à Câmara Municipal já citam a Rua Nova do Portão. O caminho foi percorrido pelos farroupilhas na tomada de Porto Alegre, em 1835.
No livro Porto Alegre: Guia Histórico, o historiador Sérgio da Costa Franco (1928-2022) conta que, durante a Revolução Farroupilha, a partir de 1842, "se iniciaram várias providências para a urbanização daquela que passou a se chamar Rua da Azenha", numa extensão maior que a atual Avenida Azenha. Em 1847, vereadores aprovaram a colocação de dois lampiões para a iluminação pública.
A rua recebeu os trilhos da primeira linha de bonde da cidade, até o Menino Deus. A região ficava alagada em períodos de chuva. Em 1884, quando a Várzea virou o Campo da Redenção, o trecho passou a ser denominado Rua da Redenção e, depois, Avenida da Redenção. Na planta da cidade, em 1916, a via terminava na Rua Venâncio Aires, ponto de início da Rua da Azenha.
O prefeito José Loureiro da Silva executou o prolongamento da Avenida João Pessoa, desde a Rua Laurindo até a Avenida Bento Gonçalves, na década de 1940.