Ainda que os rumores tenham circulado pelos corredores de Brasília, o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) não incluiu em seus planos a intenção de assumir um ministério no governo Bolsonaro. Heinze, que é um dos mais ferrenhos defensores do governo na CPI da Covid, tem um objetivo claro e está trabalhando por ele: ser eleito governador do Estado em 2022.
Ele já queria ter disputado o comando do Piratini em 2018, mas por arranjos nacionais do partido (Ana Amélia lemos foi vice de Alckmin naquele ano), acabou ficando com a corrida ao Senado. E venceu, como o senador mais votado do Rio Grande do Sul, à frente de Paulo Paim (PT).
Como senador, convém observar, Heinze tem conseguido percorrer dezenas de municípios gaúchos e articulado emendas para diferentes setores. De olho em 2022, ele tem buscado ampliar sua conexão com o eleitor de diferentes áreas. O foco é também estabelecer contatos com cidadãos e líderes políticos para além da agricultura — área em que sua atuação já é reconhecida desde a Câmara dos Deputados.
Quem acompanha o senador mais de perto acrescenta que se fosse para ocupar um ministério ou algum cargo no Executivo, Heinze já o teria feito quando do início do governo Bolsonaro.
Disputa
A informação de que Heinze poderia ganhar o ministério da Agricultura tem mais a ver com a disputa, na base bolsonarista, de quem será o candidato ao governo do Estado apoiado pelo presidente. Além de Heinze, o ministro Onyx Lorenzoni está de olho nesta possibilidade e, neste sentido, seria bom negócio que o senador não tentasse o comando do Palácio Piratini — o que é praticamente impossível de acontecer.