Favorável ao pacote que reestrutura carreiras de servidores no Rio Grande do Sul apresentado pelo governo Leite, o deputado estadual Eric Lins (DEM) tem se dedicado nos últimos dias a encontrar uma maneira de alterar pontos da proposta que abrangem os professores da rede pública, no sentido de atenuar efeitos criticados pelos educadores. À coluna, o parlamentar contou detalhes sobre uma sugestão entregue aos secretários envolvidos na negociação do pacote. A proposta incluiu a possibilidade (opcional para os professores) de que sejam convertidas horas-atividade, se existentes, em horas em sala de aula.
A proposta do deputado prevê aumentar em 90% o valor pago sobre a hora convertida (de atividade para sala de aula), para o professores que optarem por essa modalidade. Hora-atividade é considerada uma conquista por parte do magistério pois abrange o trabalho pedagógico realizado fora de sala de aula. Conforme a sugestão do deputado, o Executivo ofereceria a possibilidade de converter as horas e, em troca, aumentaria o valor pago por elas.
Conforme os cálculos feitos por Eric Lins, o resultado seria um aumento de 15% no salário total do educador que optasse por essa modalidade. O deputado também observa que para cada conversão, a redução de custo para o Estado chega a 8% (já que resultaria em mais professores em sala de aula). Lins acrescenta ainda a percepção de que essa redução no custo permitiria ao governo margem de negociação em relação ao pacote para o magistério.
Pacote e mudanças
Quase duas semanas após ter enviado para a Assembleia Legislativa o pacote de projetos que modificam as carreiras do funcionalismo público, o governo do Estado passou a avaliar mudanças em cima do que foi proposto para os professores. Diante das críticas da base aliada e da forte adesão do magistério à greve, o governador Eduardo Leite e sua equipe planejam alterações no quadro de subsídios, especialmente.