Em meio à enxurrada de informações que recebemos todos os dias, uma notícia passou quase despercebida, mas merece destaque: a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs) acaba de lançar um edital voltado a estudos sobre desastres climáticos.
A meta é investir R$ 30 milhões em projetos acadêmicos que ajudem na tomada de decisões com base em evidências científicas — e não em “achismos”.
Se tem alguém que pode ajudar os governos a elaborar e aperfeiçoar políticas públicas para enfrentar os desvarios do clima, são os pesquisadores. Muitos deles, há anos, alertam para os perigos da experiência humana na terra.
Para elaborar o edital, a Fapergs ouviu técnicos da Fapemig. A fundação mineira criou programas de incentivo à pesquisa para prevenir novas catástrofes ambientais como as de Mariana e de Brumadinho.
Também foram estudados casos internacionais emblemáticos, como as iniciativas que fomentaram estudos científicos em resposta ao furacão Katrina, em Nova Orleans (EUA), aos terremotos no Japão e ao tsunami no sudeste asiático.
Os projetos selecionados terão três anos de execução e poderão contemplar desde aspectos de engenharia e infraestrutura até a adoção de medidas de resiliência nas nossas cidades.
— É uma ação concreta para apoiar pesquisas que possam gerar soluções rápidas e eficazes — diz Odir Dellagostin, à frente da Fapergs.
O edital do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento voltado a Desastres Climáticos vai até 12 de novembro. Detalhes em fapergs.rs.gov.br.