O jornalista Carlos Redel colabora com a colunista Juliana Bublitz, titular deste espaço.
Um dos principais espaços culturais da Capital não reabrirá as suas portas antes de 2025. O Farol Santander, que fica na Praça da Alfândega, no Centro Histórico, seguirá em obras pelos próximos meses, voltando a funcionar apenas para a 14ª Bienal do Mercosul.
De acordo com a comunicação do Santander, em conversa com a coluna, a ideia é voltar em "grande estilo", já abrigando parte da conceituada mostra de arte contemporânea. O evento está marcado para ocorrer entre 27 de março a 1º de junho do ano que vem.
A demora para a volta do funcionamento se deve aos estragos causados pela enchente de maio, com a água afetando a chamada cabine primária, que fica no subsolo do prédio e é responsável pela entrada de energia no Farol Santander. Esta estrutura, então, está sendo refeita — e é isto que leva mais tempo.
A comunicação do Santander, inclusive, salienta que o banco tentou agilizar a reforma e entregar do prédio o mais rápido possível, mas não teve como "atropelar os processos". É a mão de obra a parte mais sensível, visto que todo o material para a reconstrução da cabine com os fornecedores está garantido.
Obras seguras
Apesar do cavalo de brinquedo gigante, que fazia parte da exposição Artefatos do Sul, em cartaz no Farol Santander, ter sido arrastado pela água em maio, o banco garante que as demais obras foram levadas para os andares superiores ou retiradas do prédio. Assim, a comunicação destaca que não houve prejuízos artísticos.
Antes de seu fechamento temporário, o Farol Santander estava recebendo a exposição Por Toda a Minha Vida, sobre Vinicius de Moraes. Além disso, o espaço estava prestes a iniciar a segunda temporada do projeto Farol.live, que contaria com shows musicais e performances híbridas de som e imagem durante oito meses.