Neste sábado (20), um dos prédios mais tradicionais e imponentes do centro da Capital, o Palácio do Comércio, será alvo de uma visita guiada. O edifício foi projetado em 1936.
A atividade é mais um desdobramento da exposição Lutzenberger Universal, iniciativa da Casa da Memória da Unimed Federação RS, com a curadoria de José Francisco Alves. Em junho, a mostra promoveu passeios orientados no Pão dos Pobres e na Igreja São José, joias da arquitetura na cidade.
Lançada em março, a exibição celebra o legado de um dos grandes nomes da arquitetura no Rio Grande do Sul: o alemão José Lutzenberger, pai do ambientalista homônimo.
Os ingressos para a visita ao palácio (última prevista, com mediação do professor Maturino da Luz) já se esgotaram, mas a exposição segue em cartaz até 3 de agosto, com entrada franca. A Casa da Memória fica na Rua Santa Terezinha, 263, no bairro Farroupilha. Vale conhecer.
Sobre Lutz
Naturalizado brasileiro em 1950, José Lutzenberger emigrou em 1920 para trabalhar em uma empresa de engenharia no Rio Grande do Sul. Acabou ficando em Porto Alegre, onde casou e fez família.
Ele nasceu em 13 de janeiro de 1882, na pequena Altötting, no reino da Baviera, Império Alemão. Formou-se em Munique, em 1906, como engenheiro-arquiteto. Foi oficial do Exército do Império Alemão nos quatro anos da I Guerra Mundial.
Além das artes plásticas, seu legado também é extremamente importante na arquitetura. Além dos projetos mencionados acima, ele foi o responsável, por exemplo, pelo desenho da Igreja e Convento de Santo Antônio, em Cachoeira do Sul, e pelo Instituto de Nossa Senhora do Carmo, em Caxias do Sul.
A exposição
Como parte das comemorações do bicentenário da imigração alemã no Brasil, a mostra Lutzenberger Universal tem uma centena de obras em exibição, incluindo raridades.
São aquarelas, desenhos em nanquim, óleos sobre tela e projetos arquitetônicos do início do século 20. Professor do Instituto de Belas Artes do RS, Lutz projetou edifícios imponentes na Capital.