Em meio a tantas tragédias individuais e coletivas, como as enchentes que afetam o Rio Grande do Sul, com a morte de 47 pessoas e centenas de flagelados nos últimos dias, a espiritualidade conforta. No centro histórico de Porto Alegre, a Basílica Nossa Senhora das Dores dedica a semana a uma série de missas especiais.
Trata-se do "setenário". São sete dias de devoção, cada um deles em honra a uma das sete dores atribuídas à santa na liturgia católica. Na próxima sexta-feira (15), dia de Nossa Senhora das Dores, o bispo auxiliar dom Bertilo João Morsch fará uma celebração às 19h30min e, no sábado (16), haverá outra missa e uma procissão no local, a partir das 18h.
No domingo (17), quando se encerra o ciclo, a escadaria da igreja receberá um tradicional festejo aberto ao público (das 12h às 18h), com barracas de comida, brinquedos e apresentações musicais, além de três missas: às 9h, às 11h e às 19h.
História
Segundo a museóloga Caroline Zuchetti, da Arquidiocese de Porto Alegre, a devoção a Nossa Senhora das Dores, na Capital, tem registros desde 1799, quando, na antiga Igreja Matriz Madre de Deus, começou o culto à “Mãe das Dores”.
Em 1801, foi instaurada a Irmandade de Nossa Senhora das Dores, marcando o início das festividades e do setenário em honra à santa. A basílica - primeira da Capital - começou a ser construída em 1807.