Quem passa pelo Acampamento Farroupilha de Porto Alegre e vê o nome talhado na placa do galpão (como nas fotos acima), pode até ficar com “um pé atrás”, mas eu garanto: o Piquete do Grosso é um lugar do "mais fino trato".
O título logo me chamou a atenção. Entrei lá de curiosa e puxei conversa.
— Tchê, mas de onde vem esse nome? — perguntei.
De pronto, o patrão Aldoir dos Santos Oliveira, vestindo lenço vermelho e camisa branca, me convidou para sentar e contou:
— Quando a gente ainda acampava, há 28 anos, entrei na fila para nos inscrever aqui. Aí me perguntaram: como vai se chamar o piquete? Eu não tinha pensado nisso, e o pessoal atrás já estava impaciente. Como sabiam que eu era do Interior, alguém sugeriu: “Bota Piquete do Grosso!” E assim foi. O nome pegou — conta Oliveira, que é natural de Cruz Alta.
O mais engraçado dessa história é que o patrão - morador de Porto Alegre e funcionário público concursado - nada tem de bronco. Cortesia e educação são regras da casa.