Sucessor de Marco Aurelio Cardoso no comando da Secretaria Estadual da Fazenda, o economista Leonardo Busatto - auditor fiscal concursado do órgão - não pretende mudar os rumos traçados para a pasta em 2022. Velho conhecido na Fazenda, ele foi chefe do Tesouro entre 2015 e 2016, conhece a fundo a situação financeira do Estado e aposta na continuidade.
Atual secretário de Parcerias, Busatto é adepto do ajuste fiscal e vê o equilíbrio nas contas como peça fundamental para garantir sustentabilidade ao Estado. É favorável ao regime de recuperação fiscal (RRF) e não pretende propor alterações no contrato - pelo contrário, a ideia é seguir à risca as determinações.
Com cinco meses pela frente até o fim da atual gestão, o economista também já decidiu que manterá a mesma equipe de técnicos que hoje ocupa funções-chave na Fazenda - como o chefe do Tesouro, Eduardo Lacher, que assumiu em abril, e o chefe da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, que nos últimos anos modernizou a estrutura do órgão.
— Pretendo manter todo mundo, a menos que alguém não queria ficar. Acho que o trabalho está sendo muito bem feito. Não vejo motivos para mudar faltando poucos meses pra terminar a gestão. Devo manter a mesma linha. Time que está ganhando, não se mexe — diz Busatto, que foi titular da Fazenda de Porto Alegre, na gestão de Nelson Marchezan (PSDB), entre 2017 e 2020.
Responsável por devolver o equilíbrio às contas desde 2021, após 12 anos consecutivos no vermelho, Marco Aurelio Cardoso anunciou a saída da Fazenda na última terça-feira (2). Entre os motivos para deixar o cargo, pesaram o cansaço, o sentimento de dever cumprido e o desejo de dar mais atenção à mãe e ao irmão, que vivem no Rio de Janeiro.