Responsável por gerir as finanças do governo do RS, o Tesouro Estadual tem um novo chefe: o economista Eduardo Lacher, 54 anos. Com três décadas de carreira na Secretaria da Fazenda, o auditor fiscal acaba de ocupar o posto de “guardião do cofre”. A convite do secretário Marco Aurelio Cardoso, Lacher assumiu o lugar de Bruno Jatene, alçado à presidência do IPE Saúde.
Conhecido pelo perfil técnico, o economista conhece a área como poucos e buscou o aval dos pares antes de aceitar o chamado. Desde 2011 - nos últimos três governos, portanto -, ele vinha ocupando a função de adjunto do Tesouro. Também se destacou ao liderar o programa de inovação do órgão e foi um dos idealizadores do App Servidor RS (criado para facilitar o acesso dos servidores a dados e serviços funcionais).
Agora, inicia o novo ciclo elencando dois grandes desafios: manter as contas em dia e ajudar a concluir a adesão do Estado ao regime de recuperação fiscal - cujo aval inicial foi dado no fim de janeiro pela União. O plano com as medidas de ajuste está em fase final deve ser apresentado ao Ministério da Economia até maio.
— Estamos em um momento muito bom, mas, como guardião das finanças, meu dever será garantir que o equilíbrio se mantenha. Se a gente não tomar cuidado, corre o risco de regredir. Mas é claro que esse não é o trabalho de uma só pessoa. É de todo o governo, de todos os órgãos do Estado — diz Lacher.
Colorado até debaixo d'água
Uma curiosidade: o novo chefe do Tesouro Estadual atuou, durante 25 anos, em funções de direção do Internacional e como conselheiro do clube.
— Saí faz dois anos. Fui vice-presidente eleito, diretor de futebol duas vezes e vice-presidente de planejamento. Agora sou só torcedor — diz o colorado.