De olho na expansão do mercado de carros elétricos no mundo, a Aliança para Inovação em Baterias acaba de ganhar um novo impulso. Fruto da cooperação entre três universidades gaúchas (UFRGS, PUCRS e Unisinos), em parceria com o E-24 Mobility Lab e a Inbracell, a rede venceu um edital no valor de R$ 1,8 milhão. É uma baita notícia para o Rio Grande do Sul.
O dinheiro será injetado pela Financiadora de Estudos e Pesquisas (Finep), ligada ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação, como parte do Rota 2030 - programa federal voltado ao desenvolvimento do setor automotivo brasileiro. A intenção, no caso da aliança firmada no RS, é criar novos acumuladores de energia a partir de materiais como nióbio e grafeno.
— Estamos assumindo um compromisso importante. Vamos usar toda a nossa expertise e os nossos laboratórios. Ao final, a ideia é chegar a materiais que possam ser usados na indústria — diz Carlos Pérez Bergmann, coordenador do projeto.
À frente do E-24 Mobility Lab, instituto de ciência, tecnologia e inovação sem fins lucrativos responsável pela ligação entre a pesquisa acadêmica e o mercado, Carlos Martins ressalta que o projeto submetido ao edital da Finep foi o primeiro da rede e que já está em discussão uma segunda proposta, complementar.
— É um tema quente, que ainda vai movimentar muito a economia. É fundamental que o Rio Grande do Sul esteja envolvido nisso — resume Martins.
E-mobility avança
Um outro projeto inovador na área da mobilidade elétrica, ligado ao Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) em Viamão, também vai de vento em popa. Em viagem recente à Coreia do Sul, representantes do E-mobility - que será o primeiro laboratório privado de testes de baterias no Brasil - assinaram um memorando de entendimento.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre o grupo coreano PCN, a PUCRS e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A expectativa é de que o espaço seja inaugurado ainda este ano, com investimento inicial de R$ 20 milhões.