Sete meses já se passaram desde que um leilão definiu quem ficará responsável pelo Cais Mauá pelos próximos 30 anos. Mesmo depois de tanto tempo, ainda não há certeza sobre quando o contrato com o Consórcio Pulsa será assinado. Apesar da demora, as empresas envolvidas seguem determinadas em seguir com o negócio.
O motivo deste adiamento é a enchente de maio, que levou o Jacuí a atingir 5m37 no Cais. O contrato de concessão foi projetado considerando a cheia de 1941, quando o lago atingiu 4m76cm no local.
Encontros entre representantes do governo do Estado e do consórcio vencedor já estão ocorrendo. Pontos do contrato estão sendo revistos. As alterações devem levar em consideração cronogramas e etapas de obra.
O edital da concessão previa investimento de R$ 353,3 milhões ao longo de três décadas. O consórcio precisaria reestruturar os armazéns tombados e o pórtico central e revitalizar as docas ao longo dos cinco primeiros anos.
Com relação ao muro da Mauá, não deverá haver mudança. A ideia é que um novo sistema de proteção seja construído.
A nova proteção contra as cheias, planejada para o Cais, prevê uma contenção fixa de 1m26cm - um piso elevado, que permite caminhar por sobre ele. A estrutura será construída entre o Guaíba e os armazéns. Quando for necessário, uma barreira móvel - de 1m74cm - será instalada por cima, fazendo com que se atinja a marca de 3 metros - mesma altura do muro.