O temporal de segunda-feira (12) deixou marcas no Mercado Público de Porto Alegre. Em um curto espaço de tempo, a cidade registrou um volume de chuvas considerável.
De acordo com a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), instalada no Jardim Botânico, foram 19,2mm de chuva entre a tarde e a noite. Destes, 10mm caíram somente na faixa das 17h.
O Armazém 155, localizado no térreo, foi uma das bancas que sofreu as consequências. Começou a chover dentro da loja por volta das 16h. Foram 15 minutos de muito trabalho para poder retirar a água.
- Conforme o volume da chuva, a calha não dá conta e a água escoa para algum lado. Já tinha caído alguns pingos antigamente, mas nunca como dessa vez. Ontem (terça) mesmo já conseguimos abrir normalmente - diz o sócio-proprietário da banca, Lucas Silveira, que tem a loja desde 2004.
De acordo com a Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), que reúne os permissionários do centro de compras, o problema é recorrente e a prefeitura já foi alertada. Inclusive, em uma chuvarada anterior, um relatório foi encaminhado para a prefeitura solicitando providências.
Em setembro, quando reabriu o segundo andar, a prefeitura entregou as reformas nas bancas que foram atingidas pelo incêndio de 2013. A obra no telhado ficou para uma próxima etapa. Procurada, a Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (Smap) informa que as intervenções estão previstas para ocorrer com o orçamento de 2023.
- A Smap recebeu, recentemente a incumbência da gestão do Mercado Público. Na lei aprovada em maio de 2022, que aprovou o Programa de Gestão do Patrimônio Imobiliário, está o novo Funpat, do qual uma das rubricas é o Fun-Mercado. As obras de melhorias do Mercado estão pautadas para o orçamento de 2023. Em função do ocorrido, os técnicos da Smap fizeram uma vistoria no local e hoje ocorrerá uma reunião, com todos os atores do Mercado, para encontrarmos soluções. Dadas as circunstâncias, serão buscadas alternativas para definir de onde virão os recursos e como viabilizar a operação -, explica o secretário adjunto Jorge Hias.