Os moradores e usuários da Avenida Nilo Peçanha vão precisar ter um pouco mais de paciência. A obra de macrodrenagem, que está sendo realizada entre a Teixeira Mendes e Rua José Antônio Aranha, não será mais concluída em abril.
Na semana passada, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) identificou um erro de execução dos trabalhos, que é de responsabilidade do consórcio ACA BRASIL / ANGOLCA / ACA / RGS / DOLPHIN. A tubulação em um trecho de 11 metros tem uma inclinação 66 centímetros maior do que deveria.
Os canos com declividade mais acentuada cortam uma das pistas da Nilo Peçanha. Esse posicionamento faz com que a rede fique sobrecarregada. Durante um período de chuva maior pode ocorrer que a água volte pelo cano e faça com que uma das tampas de concreto seja aberta, ocasionando alagamento na região. Além disso, a durabilidade da tubulação seria menor.
O Dmae chegou a analisar soluções paliativas, a fim de diminuir a velocidade da água pelos canos, mas todas as alternativas pensadas foram descartadas. Dessa forma, será necessário quebrar o asfalto novamente neste trecho de 11 metros para que a tubulação seja reposicionada.
Porém, a obra só será executada a partir do dia 9 de maio, após o Dia das Mães. A prorrogação atende pedido de comerciantes da região.
Dessa forma, os dois lados da Nilo Peçanha devem voltar a receber tráfego temporariamente. Se as condições climáticas permitirem, o asfaltamento ocorrerá até sexta-feira (29), quando o tráfego será liberado. Apenas um trecho de 20 metros, na região da Rua José Antônio Aranha, ficará com uma das duas faixas bloqueada no sentido centro-bairro.
- Entendemos como inviável as soluções de modo não destrutível. Terá que ser aberto, para refazer. Em contato com o pessoal da região. Vamos focar em liberar o trânsito da Nilo, sentido centro bairro, e voltaremos após o dia das mães para refazer esse trecho - informa o diretor-presidente do Dmae, Alexandre Garcia.
A partir da retomada das obras, os trabalhos devem durar até quatro semanas. A intervenção não terá custo extra para a prefeitura e é de responsabilidade do consórcio.
Aliás, as empresas envolvidas informam que os canos foram posicionados com essa diferença pois foi identificada no local uma tubulação de esgoto não cadastrada, que interferiu diretamente na nova rede.
Macrodrenagem
Sete das 26 obras planejadas pela prefeitura para melhorar o sistema de drenagem da chuva no Arroio Areia já foram concluídas. Entre novas galerias e reservatórios, serão investidos cerca de R$ 107 milhões, provenientes do Ministério do Desenvolvimento Regional e de contrapartida da prefeitura de cerca de R$ 1,3 milhão. A estimativa da prefeitura é diminuir o efeito dos alagamentos e enchentes para 180 mil moradores de 14 bairros de Porto Alegre.
Problema de segurança
Por causa das obras, assaltos começaram a ocorrer na região. A Brigada Militar precisou reforçar o policiamento para coibir novos ataques aos motoristas.