Elas estão chegando ao fim. O ano de 2022 será o último que iremos ouvir sobre as obras da Copa. Daqui a um ano, elas deixarão de ser realidade.
Das 19 construções, 13 já foram inauguradas. Coube a José Fortunati cortar a fita de seis até 2016. Nelson Marchezan comemorou o término de outras cinco até 2020. Sebastião Melo já conseguiu entregar duas.
Das três obras que ainda restam, uma delas será inaugurada nas próximas semanas. Em 15 de janeiro, a nova pavimentação da Rua José Pedro Boéssio, na zona norte, será entregue. O serviço em si está pronto, mas faltava concluir a pintura das faixas e reposicionar os postes de luz.
Depois disso, em outubro, a ampliação da Avenida Severo Dullius deve ser concluída. A obra servirá para desafogar o trânsito também na zona norte, mas principalmente por quem chega a capital e terá uma nova opção para acessar a Avenida Assis Brasil.
A duplicação da Avenida Tronco é a última construção com o selo da Copa que ficará pronta. A prefeitura estima que a inauguração ocorrerá em dezembro. Dos 6,5 km da duplicação, 4,8 já estão em uso, o que representa 73% do traçado liberado ao tráfego.
Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi) tenta tirar do papel ao menos uma das obras que a prefeitura perdeu recursos disponíveis: a construção de um viaduto na Terceira Perimetral com a Avenida Plínio Brasil Milano. Ainda não há garantias, mas as tratativas com o governo federal já começaram. Já sobre a duplicação de um novo trecho da Rua Voluntários da Pátria e a implantação de veículos BRT na Capital, não há qualquer expectativa de que elas possam ser realizadas.
Histórico
O Brasil foi anunciado como país-sede da Copa do Mundo em 2007. Dois anos depois, as cidades-sedes foram definidas pela Fifa. Já em 2010, o governo federal lançou o Programa de Aceleração do Crescimento Mobilidade Urbana, ou o PAC da Copa.
Em 2011, as primeiras intervenções foram iniciadas na Capital Gaúcha, com a promessa que estariam prontas a tempo da realização dos jogos, em junho de 2014. Porém, o que se viu foi uma grande dificuldade para conseguir tirar do papel as construções.
Em 2013, a prefeitura anunciava, então, que as melhorias não eram mais para o Mundial. As intervenções passaram então a ser o legado que os jogos deixariam para Porto Alegre.