O movimento não parou no prédio da Galeria XV de Novembro, também conhecido por Esqueletão. E o entra e sai no imóvel, localizado no coração do Centro Histórico de Porto Alegre - na Rua Marechal Floriano Peixoto, vai permanecer durante toda a semana.
Por determinação da Justiça, os últimos inquilinos deixaram o imóvel no domingo (26). Desde então, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana começou uma grande limpeza.
No mesmo dia, uma equipe de 15 garis começou os trabalhos. Na ocasião, foram retiradas aproximadamente 18 toneladas de entulhos. No dia seguinte, 32 servidores recolheram 15 toneladas de materiais.
Já na terça-feira (28), 35 trabalhadores retiraram mais 15 toneladas. O total removido já chega a 48 toneladas.
E os trabalhos irão prosseguir. O término da limpeza está condicionado à quantidade de lixo acumulado dentro do imóvel. A estimativa é que a ação do DMLU siga ao longo desta semana, com cerca de 30 garis atuando a cada dia.
Após a conclusão desta nova etapa, os técnicos do Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (Leme) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) começam a inspecionar o local. Os trabalhos deverão ser realizados em até quatro meses. A partir do laudo, será possível definir qual o destino será dado à estrutura.
Inacabado desde a década de 1950, o Esqueletão já havia sido interditado administrativamente pela prefeitura em pelo menos duas ocasiões, nos anos de 1988 e 1990. Também já houve interdição judicial em 2019.
Segundo a Procuradoria Geral do Município, desde 2003, com o ajuizamento de uma ação civil pública, o município tentava obrigar judicialmente os proprietários a tomarem medidas com relação à estrutura. Um laudo preliminar de 2018 apontou que ele corre risco crítico de desabamento. O Ministério Público já chegou a pedir sua demolição.
