O futuro do Esqueletão será anunciado em breve. A prefeitura de Porto Alegre e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) estão firmando uma parceria para a realização de um laudo definitivo sobre as reais condições do prédio inacabado localizado na Rua Marechal Floriano Peixoto.
Será desenvolvido um laudo de avaliação estrutural de nível três do Edifício da Galeria XV de Novembro. Ele consiste em uma inspeção predial com estudo minucioso da edificação. Nesta etapa, o objetivo é identificar as falhas aparentes e ocultas do imóvel.
- Nenhuma alternativa está descartada. Ao final do estudo, o laudo irá nos dizer se o prédio poder ser aproveitado ou se precisará ser demolido - informa o secretário municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cezar Schirmer.
A assessoria da universidade confirma que o Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (Leme) da instituição será parceira. Os trabalhos deverão ser realizados em até quatro meses.
- Estamos de fato vendo como contribuir para esse processo, usando a expertise da universidade - destaca o professor e engenheiro civil Luiz Carlos Pinto da Silva Filho.
A procuradora-geral adjunta de Domínio Público, Urbanismo e Meio Ambiente, Eleonora Serralta lembra que a prefeitura pode retirar o prédio dos proprietário, mas que decisão neste sentido só será tomada após o resultado do laudo.
Se a demolição for o caminho, a prefeitura pode pedir ao proprietário ou fazer o serviço e depois cobrar dos donos. Mas se o laudo atestar que o prédio tem condições de manter com as ocupações, a procuradora destaca que será dado um melhor encaminhamento neste sentido.
- Neste momento o nosso foco principal é com a segurança das pessoas que residem no prédio. Por isso temos um pedido judicial, já deferido, uma ordem de desocupação e estamos aguardando mandado de desocupação. Os moradores já foram notificados e alguns já saíram - destaca a procuradora-geral adjunta de Domínio Público, Urbanismo e Meio Ambiente, Eleonora Serralta.
Um laudo preliminar de 2018 apontou que ele corre risco crítico de desabamento. O Ministério Público já chegou a pedir sua demolição. As primeiras famílias que ocupam o Esqueletão começaram a deixar o local.
- Dar uma destinação a este imóvel é urgente. Além de fazer parte da revitalização do Centro Histórico, comandada pelo secretário Schirmer, é um risco iminente para a população. Temos pressa em apresentar uma solução definitiva - destaca o secretário municipal de Administração e Patrimônio, André Barbosa, que também acompanha o caso.
Ao todo, o Poder Público relacionou 12 famílias residindo no edifício. Com relação aos moradores que não apresentam intenção de saírem espontaneamente, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) aguarda a expedição de mandado judicial para a desocupação total do prédio.