A construtora Andrade Gutierrez, responsável pela reforma do Estádio Beira-Rio, enviou Fato Relevante aos seus acionistas nesta sexta-feira (7). Nele, a empresa informa que quer vender a parte das ações que tem do Grupo CCR.
Conforme acordo com o bloco que detêm o maior controle das operações - Camargo Corrêa e Soares Penido -, estas empresas podem exercer o direito de comprar 14,86% das ações ao custo de R$ 4,63 bilhões em até 30 dias. Caso não o façam, a Andrade Gutierrez irá vender suas ações para a gestora de fundo de pensão canadense CPP e para a gestora de fundos brasileira IG4 Capital.
CCR nas estradas e aeroporto gaúchos
O Grupo CCR tem ampliado sua atuação no Brasil. No Rio Grande do Sul, a CCR ViaSul administra os pedágios da BR-101, freeway, BR-386 e Rodovia do Parque. Em Santa Catarina, é responsável pelo trecho sul da BR-101, entre Passo de Torres e Palhoça.
Recentemente, o grupo venceu leilão para ampliar sua atuação em aeroportos. Ele será responsável por nove terminais no Sul, incluindo três em solo gaúcho: Bagé, Pelotas e Uruguaiana.
Restauração do Beira-Rio
A Andrade Gutierrez foi a responsável pela restauração do Beira-Rio. O investimento foi de R$ 350 milhões e as obras foram realizadas entre 2012 e 2014. Como contrapartida, em 2012 o Inter ofereceu para a construtora o direito de explorar, por 20 anos, as receitas de camarotes e Sky Boxes, cadeiras VIPs, áreas comerciais e vagas de estacionamento no edifício garagem, além de venda do marketing esportivo do estádio e exploração de shows e eventos.