Mais uma vez, o governo gaúcho não teve êxito na contratação de empresa para concluir as obras do presídio masculino de Guaíba. A última disputa estava prevista para terça-feira (6), mas nenhum interessado se ofereceu para a disputa.
Foi a terceira tentativa frustrada. Nas outras oportunidades, as empresas também não se pronunciaram. A avaliação é que o retorno financeiro não despertou interesse.
A Secretaria da Administração Penitenciária deverá realizar nova disputa. Porém, ainda não informou quais alterações irá fazer no edital.
O governo do Estado até mudou as formas de pagamento na última licitação. Antes, a ideia era oferecer 12 imóveis como forma de pagamento. Depois, o governo se propôs a pagar por 45% dos custos da obra e o restante viria do repasse de imóveis.
O investimento na cadeia não poderia passar de R$ 19,85 milhões. As obras deveriam ocorrer no prazo de um ano, sem possibilidade de reajustamento de preço.
A construção da cadeia foi suspensa depois que foi concluída uma longa discussão com a empresa que realizava os serviços. Os trabalhos começaram em 2010 e foram paralisados em 2017.
O contrato com a empresa PortoNovo Empreendimentos e Construções foi rescindido. O motivo, segundo o governo, é que a empresa abandonou a obra.
Segundo o Piratini, 50% da obra foi executada. Dos R$ 19,4 milhões de investimento, a empresa recebeu aproximadamente R$ 10 milhões.
Em julho de 2020, GZH visitou o local. Em meio à estrutura de concreto foi encontrado muito mato alto e água empoçada, estruturas de ferro com sinais de corrosão, paredes internas acumulando limo e material de obra abandonado no pátio e dentro do imóvel.
Quando pronta, a cadeia terá capacidade para 672 presos. Ela está localizada às margens da BR-116, no quilômetro 303, próximo à penitenciária feminina.