Mais uma etapa importante dentro da construção da nova ponte do Guaíba foi iniciada. Desde a quinta-feira (27), o consórcio responsável pelas obras está realizando a pavimentação final da travessia.
A aplicação de asfalto, chamado tecnicamente de Concreto Betuminoso Usinado à Quente (CBUQ) com polímero, está sendo realizada neste momento em um trecho de 800 metros no trecho sobre a freeway. A travessia receberá uma camada de sete centímetros de asfalto sobre as lajes de concreto.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a pavimentação será realizada conforme cada trecho for sendo liberado. Ao todo, os 7,3 quilômetros de pontes e viadutos e mais os cinco quilômetros de trecho em aterro vão consumir aproximadamente 36 mil toneladas de CBUQ.
A previsão da autarquia é que a ponte começará a ser usada a partir de novembro, de forma parcial. O prazo, porém, é apertado.
Para que isso ocorra, os trabalhadores do consórcio Ponte do Guaíba vão precisar se dedicar a finalizar o viaduto sobre a BR-290, no quilômetro 99, na região das ilhas. A obra está ainda na fase da fundação e construção de pilares.
Já entre os quilômetros 100 e 102 o trabalho está focado no alargamento da pista existente da rodovia, com a realização da terraplenagem. Também está sendo finalizada a instalação dos protetores de concreto que separam as pistas, além da colocação das últimas lajes sobre da ponte. Depois de todas essas etapas concluídas é preciso realizar a pintura e a sinalização da parte que será liberada ao tráfego.
Se tudo transcorrer dentro do prazo estabelecido, apenas as alças que não dependem da remoção das 500 famílias que ainda faltam ser removidas é que deverão ser concluídas. Dessa forma, quem está se deslocando de Eldorado do Sul para Gravataí, ou no sentido contrário, é que poderá passar pela estrutura. Também será possível se deslocar entre a Avenida Castello Branco e a zona sul do Estado, em ambos sentidos.
Já o término das alças que dependem da retirada de 500 famílias das vilas Areia e Tio Zeca segue indefinido, pois sequer foram iniciadas as audiências de conciliação na Justiça Federal.
Aproximadamente 90% dos serviços previstos para a travessia já foram realizados. As obras começaram em outubro de 2014 e deveriam ter sido concluídas em três anos.
A construção da nova ponte do Guaíba é uma prioridade para o governo Bolsonaro. Tanto que as obras federais no Rio Grande do Sul tiveram corte de R$ 60 milhões em razão do combate ao coronavírus. Porém, a elevada não sofreu qualquer redução de investimento.