Tudo parado. E assim vai ficar por um tempo indeterminado. O processo de reassentamento de mais de 500 famílias que moram nas Vilas Areia e Tio Zeca, na zona norte de Porto Alegre, só será retomado depois que audiências de conciliação possam ser realizadas de forma presencial. O futuro dessas famílias interfere diretamente na conclusão das obras da nova ponte do Guaíba.
Resolução do Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) adotou medidas temporárias e emergenciais de prevenção à transmissão do coronavírus. Com isso todos os prédios da Justiça Federal no Rio Grande do Sul foram fechados.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também editou norma. A portaria vale por tempo indeterminado. O Conselho informa que irá reavaliar as portarias quando não forem mais necessárias.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informa que está aguardando um indicativo da possibilidade de retorno de audiências presenciais para encaminhar os processos para a Justiça Federal.
De acordo com o juiz federal Hermes Siedler da Conceição Júnior, responsável pela condução do reassentamento das famílias, mesmo com o distanciamento social, o Dnit poderia já encaminhar os processos. Mas as audiências só serão realizadas quando for possível realizá-las de forma presencial.
Do lado das ilhas, 487 acordos de compra assistida foram realizadas. Até 15 de março, a autarquia realizou 473 mudanças. Faltava concluir 14 reassentamentos, que o Dnit não soube precisar como estava.
Sobre o andamento da obra, o Dnit prevê que ainda em 2020 a ponte será parcialmente usada. Apenas as alças que não dependem da remoção das 500 famílias que ainda faltam ser removidas é que deverão ser liberadas. Dessa forma, quem está se deslocando de Eldorado do Sul para Gravataí, ou no sentido contrário, é que poderá passar pela estrutura. Também será possível se deslocar entre a Avenida Castello Branco e a zona sul do Estado, em ambos sentidos.