O coronavírus atingiu o canteiro de obras da nova ponte do Guaíba, em Porto Alegre. Na semana passada, funcionários foram liberados dos trabalhos.
Três operários, que estavam sem os sintomas da doença, testaram positivo para covid-19 e foram orientados a adotar os procedimentos de quarentena. Aproximadamente 10 colegas que mantiveram contato com o trio também foram dispensados.
O consórcio Ponte do Guaíba, na qual faz parte a construtora Queiroz Galvão, responsável pela obra, confirma a informação dos operários que testaram positivo ao coronavírus. Ressalta que todos estão recebendo atendimento médico, não estão em estado grave e não precisaram ser hospitalizados. A construtora relata que, desde o início da pandemia, vem cumprindo os protocolos estabelecidos.
"Desde o início da pandemia a empresa vem cumprindo os protocolos estabelecidos pelas autoridades competentes, tais como: orientação e medidas sobre o distanciamento seguro; redução e controle do número de pessoas nos refeitórios; monitoramento de temperatura corporal dos colaboradores e fornecimento para uso obrigatório de máscaras não profissionais, entre outros", informa a nota enviada pela empresa.
Segundo relato encaminhados à coluna, dois dos trabalhadores estavam em férias e retornaram ao trabalho na semana passada. O terceiro seria morador da mesma residência.
O presidente do sindicato dos trabalhadores da construção pesada, Isabelino Garcia dos Santos, também acompanha o caso. Segundo informações que foram repassadas pelo departamento médico da empresa ao representante da categoria, um funcionário testou positivo e, junto com pessoas que tiveram contato com ele, foram colocados em quarentena.
As obras estão aproximadamente 90% concluídas e o Ministério de Infraestrutura garante que até o fim do ano parte da travessia estará em uso pelos veículos, mesmo que o restante da obra só fique pronta em 2021.
Há aproximadamente duas semanas, um grupo de 30 funcionários foi demitido por um impasse envolvendo a construtora e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Serviços não previstos em contrato foram feitos à pedido da autarquia e para que a empresa possa receber por estes valores, o departamento precisa aprovar um novo aditivo, o que até agora não ocorreu.