A construtora Queiroz Galvão desligou, nesta quinta-feira (14), ao menos 30 funcionários que estavam trabalhando nas obras da nova ponte do Guaíba. Em abril, o grupo havia recebido comunicado da empresa que seriam desligados em 30 dias.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada, as demissões, poderão não ser ampliadas. Há um mês, um grupo de aproximadamente 100 trabalhadores assinou o aviso prévio. A construtora foi procurada mas não se manifesta sobre o assunto.
O motivo das demissões, segundo os trabalhadores, é que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) está com pagamentos em atraso referente à obra. Serviços não previstos em contrato foram feitos e agora seria necessário publicar aditivos para autorizar o desembolso destes valores.
De acordo com a autarquia, a flutuação no número de funcionários é recorrente, a depender da fase da obra, e que não emite opiniões sobre os procedimentos internos das empresas contratadas. O departamento também comenta que os serviços seguem em execução e o ramo principal da travessia tem previsão de liberação ao tráfego no segundo semestre deste ano. O Dnit garante atuar para que a entrega da obra ocorra dentro do prazo e com padrões de qualidade estabelecidos.
Em abril, o Ministério da Infraestrutura informou que os valores estavam em dia. Quase 90% dos serviços previstos para a travessia já foram realizados.