A construtora Pelotense, responsável pela duplicação da Avenida Tronco, tem perguntado, mas a prefeitura não tem respondido. A empresa quer saber se o prefeito Nelson Marchezan vai ou não pagar os R$ 5 milhões que são devidos pelos cálculos dos construtores.
Há dois meses, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade (Smim) fez um pedido: que a empresa voltasse para a obra. O medo da prefeitura é que a Caixa Econômica Federal anuncie o cancelamento do contrato por falta de execução de trabalho, como ocorreu com a obra de ampliação da Avenida Severo Dullius.
- "Estamos trabalhando na boa vontade. Há dívidas de quatro anos que ainda não foram pagas", reclama o diretor-presidente de empresa, engenheiro Luis Roberto Ponte.
A construtora alega que está trabalhando num ritmo pequeno, dentro do que é possível fazer. Apesar disso, Ponte garante que entrega a obra até o fim de 2021, se a prefeitura honrar com seus compromissos.
Por enquanto, as obras estão sendo realizadas no terreno que pertencia ao Grêmio Gaúcho, e que foi demolido em setembro do ano passado. No local está sendo construída uma rótula.
Outro trecho de 300 metros será retomado em breve e a construtora terá três meses de trabalho pela frente. Segundo a Smim, já foram executados 35% das obras nos lotes 1 e 2 e 46% dos lotes 3 e 4.
Para que a duplicação seja finalizada, falta ainda retirar 50 casas. As residências hoje impedem as obras em um trecho de 2 quilômetros.
Os trabalhos na região começaram em março de 2012 e pararam em outubro de 2016 por falta de recursos. Era uma das obras projetadas para a Copa de 2014 no Brasil. Os serviços foram retomados em junho de 2018 e foram suspensos em julho de 2019.
Até agora, 1,7 quilômetro já está pronto. Desde que a obra começou, 1.420 famílias conseguiram mudar de endereço. A expectativa da prefeitura era ter os trabalhos finalizados em julho de 2022.