O aeroporto Salgado Filho já viu ser demolida uma obra onde seria o novo check-in do terminal, acompanhou a Fraport iniciar, terminar e inaugurar o novo espaço e, até hoje, a Infraero ainda não concluiu um procedimento interno para avaliar descumprimento do contrato com a construtora catarinense Espaço Aberto.
As obras começaram em outubro de 2013. A primeira etapa da ampliação deveria ter ficado pronta em maio de 2014. A construtora chegou a ser multada em R$ 161 mil por causa do atraso na primeira etapa do cronograma.
Até maio de 2016, ano em que todas as obras deveriam ter ficado prontas, apenas 19,2% dos trabalhos foram realizados. Houve ao menos 12 paralisações motivadas por greve dos operários que reclamavam das condições de trabalho.
Pelo que foi executado, o governo federal desembolsou R$ 36,68 milhões. Um dos itens avaliados pelo procedimento interno aberto é avaliar a recuperação do valor investido.
"A Infraero está avaliando essa possibilidade no processo administrativo referente à execução do contrato em questão", informa a empresa pública por meio de nota.
Como a investigação está em andamento, a Infraero ainda não decidiu se irá determinar também algum período que a construtora catarinense poderá ficar sem realizar contratos com a empresa pública.
Em março de 2018, quando começaram as obras no aeroporto, o presidente da empresa HTB, que integra o consórcio responsável pelos trabalhos no terminal, Detlef Dralle, avaliou que o que foi construído ficou muito tempo desprotegido. Se chegou a pensar reaproveitar o que foi construído, mas o custo de correção seria maior do que fazer novas.