Depois de oito meses, a Trensurb concluiu os cálculos da nova multa que será aplicada ao consórcio responsável pela fabricação dos 15 novos trens. As empresas Alstom, da França, e Caf (Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles), da Espanha, foram penalizadas em R$ 7,38 milhões.
O valor é referente aos gastos adicionais que a Trensurb teve com o consumo maior de energia elétrica entre abril de 2016 e dezembro de 2018. Além disso, as empresas já haviam sido multadas em R$ 7,34 milhões por não terem entregue os veículos no prazo previsto.
Dessa forma, o valor atualizado aponta uma dívida de R$ 14,72 milhões que o consórcio tem com a Trensurb. Como há ainda valores que não foram quitados pela empresa pública com os construtores, parte das multas - R$ 7,34 milhões - será abatida do montante a ser pago. O restante - R$ 7,38 milhões - será cobrado por meio de notificação extrajudicial.
Como a Trensurb deve aproximadamente R$ 17 milhões, o cálculo aponta que a dívida da autarquia é de R$ 2,28 milhões. Neste momento, porém, não há informação sobre quando este saldo será quitado.
A nova frota de trens foi comprada em 2012, com investimento de R$ 244,67 milhões. Os veículos começaram a operar a partir de setembro de 2014, mas já em abril de 2015 passaram a apresentar problemas, com o descarrilamento de um deles enquanto fazia uma viagem sem passageiros.
Um ano depois, em abril de 2016, foi identificada infiltração de água nos rolamentos, o que influencia a segurança dos veículos. Toda a frota foi retirada de circulação. Somente em dezembro de 2018, o consórcio concluiu o reparo em todos os 15 novos trens. Além disso, os veículos precisaram passar por manutenção preventiva por parte da Trensurb.