O mês de outubro terminou e os usuários da Trensurb ainda não sabem se todos os novos trens — recolhidos para reparos por conta de uma infiltração nos rolamentos — já foram reparados. No começo do mês passado, as empresas Alstom e CAF, responsáveis pela fabricação, ainda trabalhavam em seis dos 15 veículos.
A Trensurb havia dado às empresas prazo limite de término do reparo até outubro. A data passou e a confirmação do fim do serviço não ocorreu.
Segundo nota divulgada pela empresa pública nessa terça-feira (31), "a Trensurb está buscando agendamento de uma reunião, para os próximos dias, junto ao Ministério Público Federal, que acompanha o caso, para apresentar e discutir a situação atual. Somente após essa reunião, que ainda não tem data definida, é que a empresa irá se manifestar publicamente a respeito."
A frota de veículos, que custou R$ 242,6 milhões, foi retirada de circulação em abril de 2016. Houve a identificação de que havia infiltração nos rolamentos dos trens.
Para suprir a demanda, a Trensurb precisa colocar todos os mais de 20 trens antigos em funcionamento. A medida causa aumento na conta de luz paga pela empresa, pois esses veículos consomem mais energia — além de aumentar o desconforto dos passageiros. Somente em 2016, o custo extra foi estimado em R$ 2,73 milhões. A Trensurb promete que esse valor será cobrado das empresas fabricantes dos novos veículos.