Com recursos disponíveis só até junho, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) tenta viabilizar o restante da verba para garantir a conclusão da construção da nova ponte do Guaíba. De acordo com o superintendente da autarquia no Rio Grande do Sul, engenheiro Delmar Pellegrini Filho, a obra tem R$ 54 milhões, mas precisa de R$ 180 milhões a partir do segundo semestre.
- Vamos precisar de aporte no segundo semestre para que as obras da ponte sejam mantidas no ritmo atual. Hoje há dinheiro disponível até junho e precisamos de aporte, que deverá ser mantido no segundo semestre. A partir disso teremos condições de concluir a obra no fim do primeiro semestre de 2020 (junho) - disse Pellegrini Filho, que concedeu entrevista ao Gaúcha Atualidade nesta quarta-feira (27).
Além das dificuldades financeiras, a autarquia precisa solucionar a situação de mil famílias, que precisam ser removidas para que a construção seja finalizada. O ritmo lento no pagamento de indenizações e construção de um loteamento para onde irá parte dos moradores têm sido os obstáculos enfrentados.
Sobre a duplicação dos 211 quilômetros da BR-116, entre Guaíba e Pelotas, o superintendente confirmou que a previsão indica que dois dos nove lotes podem ser concluídos em 2019. Um deles está localizado em Camaquã e o outro em Pelotas. Para conseguir liberar mais trechos da obra, Pellegrini Filho estima que serão necessários mais R$ 100 milhões.
Para concluir a duplicação, porém, o Dnit precisa ainda de R$ 500 milhões. O valor atualizado da obra chega a R$ 1,41 bilhão.
Já a duplicação dos 115 quilômetros da BR-290, entre Pantano Grande e Eldorado do Sul, terá em 2019 mais um ano de poucos investimentos. De acordo com Pellegrini Filho, os recursos disponíveis só possibilitarão concluir as obras em andamento: a construção do trevo de Charqueadas e o viaduto de Pantano Grande.
O superintendente ainda reafirmou que a recuperação da ponte do Caí, na BR-386, deverá ter trânsito liberado até o fim de maio. Também comentou que não há orientação do Palácio do Planalto para acabar com os controladores de velocidade das rodovias federais. Pellegrini Filho também comentou atualmente existe apenas uma balança em atuação na BR-290 e BR-116 monitorando o peso dos caminhões nas rodovias federais.