A Brigada Militar e o Tribunal de Justiça Militar, dois pilares que ajudam a embasar a segurança pública do Rio Grande do Sul, estão com novas chefias. O coronel Cláudio dos Santos Feoli, atual subcomandante da BM, assume o posto máximo da corporação com a ida para a reserva do atual comandante, coronel Vanius Santarosa. Isso ocorrerá ainda em março.
Já no TJM, que julga crimes cometidos por PMs, assumiu a presidência o desembargador Amilcar Fagundes Freitas Macedo, ex-promotor de Justiça, um profissional de formação civil. Ele substituirá o desembargador militar Fábio Duarte Fernandes, ex-comandante da BM.
As perspectivas são promissoras. São dois homens muito experientes, acostumados com os dissabores do cotidiano nas suas tarefas e sem maneirismos de gabinete.
Feoli é considerado pelos praças da BM um amigo dos “caveiras”, acostumado a lidar com as tropas especiais, os grupos de elite usados em intervenções de impacto. Comandou unidades do Batalhão de Operações Especiais (BOE), o 1º Batalhão de Polícia de Choque e, depois, assumiu a chefia do Comando de Policiamento de Choque (CP Choque), criado em dezembro de 2020 para centralizar a gestão dos seis BP Choques do Estado. Não fez o curso das tropas especiais, mas as chefiou.
Feoli tem 48 anos, é formado em Direito e ingressou na BM em 25 de fevereiro de 1991. É apelidado “Gigante Gentil”, pelo seu tamanho (mede 1m92cm de altura). O seu sub também é das tropas especiais: o coronel Douglas Soares foi comandante do extinto Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e subcomandante do antigo BOE, que mais tarde passou a se chamar Bope, unidade que também chefiou.
Já na Justiça Militar o novo presidente, Amilcar Macedo, é dos que mais conhece os meandros da função. Foi por 23 anos promotor de Justiça, sendo que desde 2015 atuando no TJM. Mestre em Direito e especialista em Ciências Criminais, foi decisivo na condenação de muitos PMs autores de crimes (inclusive oficiais). É considerado linha dura.
Que os dois novos chefes façam brilhar ainda mais suas já consagradas carreiras.