O investimento feito via Programa de Apoio a Projetos Produtivos para Jovens da Agricultura Familiar tem um duplo potencial de efeito. O primeiro é incentivar a permanência no campo. O outro, sobre a economia gaúcha, aponta projeção feita pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS). O valor aplicado pelo governo do Estado para a execução de 240 projetos pode se transformar em uma quantia sete vezes maior de Valor Bruto da Produção (VBP).
— Ter um programa é dar voz a essa juventude — afirma Camila Rode, diretora da Comissão Estadual de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da Fetag-RS.
Mais do que os projetos atendidos, é o interesse que chama a atenção dos dirigentes. Ao todo, 9.855 jovens se inscreveram no programa coordenado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural. Voltado para quem tem entre 15 e 29 anos, financia projetos produtivos nos valores entre R$ 10mil e R$ 25 mil, com um bônus de 80% de adimplência (ficando o beneficiado com uma contrapartida de 20%). No total, são R$ 6 milhões em recursos e um adicional de mais R$ 6 milhões anunciado para contemplar um total de 500 jovens.
— Os jovens querem investir na atividade e na diversificação — reforça Camila sobre o perfil.
Três exemplos práticos do impacto econômico de três projetos contemplados foram apresentados no balanço da Fetag-RS pelo engenheiro agronômo Kaliton Prestes.