A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Da uva usada na produção de suco orgânico, tudo se aproveita. Essa é a realidade na empresa Organovita, de Garibaldi, na Serra, que encontrou um destino comestível ao que até então ia fora ao final do processamento.
Hoje, o bagaço se transforma em dois tipos de produtos: a farinha, feita a partir da casca e da semente da uva, e o óleo, a partir da semente.
A inovação ajudou, inclusive, a manter a sustentabilidade do negócio, que começou há quase 20 anos, conta o gerente comercial, Giovani Postingher. E encontrou eco em uma demanda crescente.
— O mercado orgânico vem crescendo muito nos últimos anos. E a procura por produtos assim, pela saudabilidade, também — acrescenta Postingher.
Além disso, a ideia de reaproveitar totalmente a fruta sempre foi uma vontade da empresa. E, desde o início, se tornou necessidade para eliminação dos resíduos.
— Era um bagaço orgânico, de uma fruta cuidadosamente produzida por 12 famílias de Garibaldi. Com muitos nutrientes e fibra. Precisávamos fazer alguma coisa — afirma o gerente.
Atualmente, a produção da empresa é de 300 mil litros de suco de uva orgânico, 5 toneladas de farinhas e 250 litros de óleo/ano.
A Organovita também produz outros tipos de suco e vinagre.
Parte dos produtos é exportada, para os Estados Unidos e para a Europa. A outra parte, fica no mercado nacional, principalmente nos Estados do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo.