A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Depois do vinho e do espumante, o suco de uva vai ganhar espaço em ações de promoção no mercado internacional. O primeiro "gole" rumo à conquista do paladar de outros países foi dado nesta terça-feira (21), em Pinto Bandeira, na Serra.
A Vinícola Don Giovanni foi o local escolhido para a cerimônia de assinatura do convênio entre o Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado (Consevitis-RS) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Na soma das duas entidades, serão aportados R$ 10 milhões para a promoção de vinícolas brasileiras no mercado internacional em 2024 e 2025. Que incluem o suco de uva 100% integral no cardápio junto a vinhos e espumantes.
O presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Daniel Panizzi, avalia que esse é "um grande passo", em razão do potencial de crescimento do produto, "que é muito grande".
— Os benefícios do suco de uva na saúde estão sendo difundidos e se enxerga ali na frente uma demanda forte. E, por mais que França e Itália, por exemplo, tenham tradição na vitivinicultura, não têm produção de uva de mesa, matéria-prima para o suco, como o Brasil — justifica o dirigente.
Para conquistar novos mercados, o convênio trabalhará com iniciativas promocionais, estruturantes e de comunicação. Para o suco de uva, os focos são Canadá, China, Estados Unidos, Japão, Paraguai e Portugal.
O convênio também prevê ações como a divulgação da diversificação regional da produção de vinhos, espumantes e sucos; o apoio a vinícolas iniciantes e outras atividades.
Atualmente, 90% da produção de vinhos, espumantes e suco de uva nacionais está localizada no Rio Grande do Sul, segundo a Uvibra.